“Porquê?”, é talvez uma das palavras mais repetidas pelas crianças ao longo do dia. Às vezes, surge numa sequência interminável, capaz de desafiar até o mais paciente dos adultos. No entanto, por detrás desta aparente insistência, está um motor essencial do desenvolvimento: a curiosidade.
Aprender a perguntar é aprender a pensar
Desde muito cedo, as crianças usam as perguntas como forma de explorar o mundo. Ao perguntar, estão a testar ideias, a procurar compreender relações de causa e efeito, a interpretar o que observam. Este comportamento é natural e saudável, sendo um dos principais indicadores de envolvimento ativo no processo de aprendizagem.
No Externato Sol Nascente, valorizamos profundamente esta atitude questionadora. Incentivar a curiosidade é incentivar o pensamento crítico, a autonomia e a construção de conhecimento com sentido.
A escola como espaço de diálogo
Nem sempre é fácil responder a todas as perguntas. E está tudo bem! O mais importante não é ter sempre uma resposta pronta, mas sim criar um ambiente onde a criança se sinta confortável para questionar, explorar e errar sem medo.
Ao invés de limitar as perguntas, a escola deve funcionar como uma plataforma de diálogo, onde alunos e educadores constroem conhecimento em conjunto. Uma pergunta simples pode abrir caminho para uma descoberta fascinante e, é nesse momento que a aprendizagem ganha verdadeira profundidade.
O papel do adulto: escutar com atenção
Por vezes, o ritmo do dia a dia leva os adultos a desvalorizar certas perguntas com um “porque sim” ou “já te explico”. Mas cada pergunta feita é uma oportunidade para conhecer melhor a forma como a criança vê o mundo, e também para fomentar conversas significativas.
Mostrar interesse pelas dúvidas das crianças reforça a sua autoestima e dá-lhes a confiança necessária para continuar a explorar, a arriscar e a crescer. Mesmo que a resposta não seja imediata, o simples gesto de escutar com atenção já é, por si só, educativo.
Perguntar é semear futuro
Num mundo em constante mudança, os profissionais do futuro não serão os que decoram mais factos, mas sim os que sabem pensar de forma crítica, criativa e colaborativa. Ensinar uma criança a perguntar é preparar um adulto capaz de encontrar soluções, de inovar e de contribuir para a sociedade de forma ativa e consciente.
Por isso, no nosso Externato, as perguntas não incomodam, inspiram.
Porque educar é, também, ensinar a perguntar melhor.